O
Tomo de Ormuz
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A geografia desenhada e
exercida hoje, torna-se história amanhã. E a geografia que modifica e modela os
espaços, cria novas histórias. O homem é o ator neste palco geográfico, onde os
lugares e cada espaço alterado, é um novo cenário, descortinado para o homem exercer
uma história ao longo da linha do tempo. A responsabilidade de registrar esta
história, torna-se uma responsabilidade de algumas instituições que se formam e
tornam-se capazes para isto. Especializam-se em geografia e história como o IHGRN
- Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. Descreve e escreve
um espaço, em uma das federações brasileiras.
Uma geografia foi realizada na
noite de uma terça-feira (29/03/16), pelas ruas de Natal. A movimentação de
grupos de pessoas, começando pela região metropolitana, e outros lugares não
pesquisados. Pessoas chegaram pelas linhas da Rosa dos Ventos, em direção ao
centro. Pessoas partiram de lugares diversos com conduções diversas e diferenciadas
com destino ao ponto zero da cidade, o local da fundação da cidade. Chegaram em
prédios próximos ao marco zero, para ocupar posições diversas em situações
diversas, em um mesmo local. Pessoas saíram de seus trabalhos, de suas
residências e de suas cidades, para uma atividade comum a todos, com diversos
personagens ocupando papeis diferentes, de um teatro social no decorrer de um
cerimonial. O cerimonial de ocupação de cargo de uma nova diretoria do IHGRN. O
cerimonial receptivo de chegada de novos sócios; e o lançamento da revista Nº
XCII – Ano 2016 do IHGRN. Composta de artigos e crônicas, com incentivo da Lei
Câmara Cascudo.
Ormuz Barbalho que fez parte
do Tomo histórico anterior, liderado por Valério Mesquita, inicia agora um Tomo
próprio junto com seus capítulos, ocupando similares secretarias. Um novo Tomo,
na história do RN. E diante de uma galeria de ex-presidentes ainda vivos e presentes:
Valério Mesquita e Jurandir Navarro, com respectivos Tomos anteriores. A
citação dos primeiros Tomos, como fatos históricos registrados, como sempre foram
lembradas, começando lá nos idos de 1902, quando surgiu o primeiro dos Tomos, geográficos
e históricos do IHGRN, quando se instalava no Brasil a Republica. Dos primeiros
e dos antigos sócios, muitos estão lembrados nos logradouros públicos e
instituições espalhadas pela cidade de Natal/RN. E a lembrança do ex-presidente
Enélio Petrovich que por quase meio século passou ocupando a pasta principal,
também foi citado.
O instituto (IHGRN) cria, pesquisa
e analisa uma geografia diária, para através de seus sócios e colaboradores escrever,
descrever, anotar e arquivar a história, para que não se perca na oralidade e
na memória. Fotografias reforçam e confirmam os fatos, mostram pessoas
presentes, ainda que possam precisar de uma legenda descritiva, para quem não
conhece o espaço e os personagens na imagem fotográfica. Ormuz Barbalho
Simonetti chega e continua, para dar uma continuidade do IHGRN, na era da
tecnologia, com arquivos copiados e escaneados, copilados e arquivados em solo;
e outros arquivos em nuvens, junto com os primeiros sócios.
Cada personagem, cada ator, cada
escritor e cada historiador, um papel na história potiguar. Como os ex-presidentes
já citados, como participantes de uma nova equipe eleita e empossada. Como os novos
sócios, citados nominalmente. Como a personagem
doadora de um imóvel, Angélica Timbó, aliviando o espaço restrito e a
necessidade urgente de obras, no prédio antigo, também foi citada. E mais outros
personagens diversos. Cada um exercendo um papel naquele espaço. Representando
a si, representando uma instituição (ANL, INRG, UBE e outras), ou ali presente
para prestar uma homenagem a outros atores, pertencentes a sociedade intelectual
natalense, e participantes no grupo representativo da instituição cultural mais
antiga do RN. O IHGRN, a casa da memória potiguar.
Com história, geografia e
meteorologia aconteceram os eventos em conjunto, convergindo para um mesmo ponto,
acomodados em um mesmo espaço. A história e a geografia estão sempre sujeitas a
participação do homem e das intempéries. Com variação da temperatura, com
chuvas fracas ou intensas, esparsas ou intermitentes. Natal a cidade Noiva do Sol,
prima dos ventos e das chuvas. Para o evento convergiram tudo e todos.
Finalizando a posse de Ormuz
Barbalho Simonetti (OBS), cabe uma observação uma Obs: O Sol
impossibilitado de comparecer, naquela hora noturna, já que tinha compromissos
inadiáveis do outro lado do mundo, mandou a chuva para lhe representar. Aguardemos
agora os tempos de sol e de bonança.
Texto
publicado em:
RN, 30/03/16
por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Branded Content (produtor de conteúdo)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq
Plataforma Lattes
Produção Cultural
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